quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Felícia de Buá- Vale apena ler de novo

Thiago Leite, artista transformista que nasceu em Rio Grande do Sul...

...mas se criou na Bahia, em Porto seguro, teve uma infância maravilhosa com seus pais, os dois irmãos, e sua amada tia, aos 15 anos de idade começou a trabalhar . Já fazia sucesso entre os amigos de escola nas peças teatrais.

“Em 2000 vir para Salvador morar com minha tia, eu meu primo Adelson ou seja Miss Boana.” Após um tempo Thiago perdeu sua e se viu só, longe da família.

“Tive que morar só, enfrentar a vida nua e crua”.

Iniciou como transformista em 2008, lembrando que já era de próprio entendimento sua sexualidade, após um tempo conversando com amiga chamada Morgana Vergne, tiveram a idéia de se forma um trio fantástico juntando Felícia de Buá, Boana e Morgana.

Juntos, os três criaram e começaram a fazer e divulgar de shows que começou em um bar hétero. É para espanto de todos o sucesso foi maior do que eles mesmo esperavam. Tão grande que logo ele começou a se apresentar em uma bar localizado em São Caetano chamado Balacubaco.

Após um tempo no Balacubaco fui convidada para apresentações na praia Aruba, fazendo parte de shows de Boana e Joelma Lins. Então conciliava o meu trabalho pela manhã ensaios, normalmente na casa de Morgana a tarde e as apresentações no bar e na praia aos domingos.

Por motivos particulares ele foi abrigado a parar com as apresentações, mas para nossa alegria ele esta de volta. Agora sob direção de Dion, Morgana e Lohana Hernandez, são as pessoas que estão ajudando Le nesta nova fase, como por exemplo a inscrição para o concurso miss Brasil Gay que ele ira participar.


Equipe NAMIRA


Valerie O'rarah



Valécio Santos Começou na arte do transformismo “como todo transformista começa: em casa com grupos de amigos na fechação, botando lençol na cabeça”,lembra. Desde o dia em que resolveu sai montada na Parada Gay em Salvador, faz cinco anos que Santos da vida a sua personagem Valeria O’rarah. “Para uma cantora é mais fácil emocionar. Através da dublagem agente tenta emocionar tanto quanto uma cantora”, explica.Emocionar, para um artista, mais que apenas intuição, requer técnica: “Você precisa mesmo é ter um gingado com a questão da dublagem, pra não ficar no famoso chiclete”.

Santos faz parte de uma classe artistas que leva música e graça para além das casas noturnas de Salvador, mas que ainda sofre descriminações. Para Santos, no entanto, há uma luz no fim do túnel. “O preconceito vem diminuindo em doses homeopáticas”, acredita. “Há muito tempo Chico Anysio faz isso e agora Tom Cavalcanti está 24 horas travestido, fazendo alguma caricatura. O transformista está na mídia, apesar de que as pessoas não prestam atenção que é transformismo, pelo fato de que aqueles atores não são gays”.

“Quando é um homossexual assumido, aí deixa de ser artista e passa a ser o gay que se traveste de mulher”, ressalva.

Santos garante, no entanto que a recompensa vem nos palcos: “ Valeria é uma mulher de pernão e peitão, mas ela recebe muito carinho, não pela questão sensual, e sim pela questão cênica.Desde a bibinha mais novinha até uma cliente de 72 anos que todas as quartas vai ao Âncora do Marujo”, conta. A recepção de seu trabalho no entanto é diferente entre os “tipos” de publico: “O publico gay é muito exigente, muito crítico. Quando gosta . você é o deus ou a deusa, mas quando não gosta... No menor deslize que você der, ‘elas’ acabam com você. Já o publico Hétero é mais receptivo”, afirma.

Nem tudo, claro, é purpurina. O artista reclama da desvalorização profissional: “O cachê é pouco, mas o investimento é muito. A gente tenta alcançar ao máximo a alma feminina, o que gasta muito. Tem gente que vai da unha postiça até o último fio de peruca”.

Scher Marie - Dos palcos para o Batente


- “Eu gosto muito do que faço, o problema é que somos mal pagos”,desabafa Gildo Ricardo de Jesus, 30 anos, criador do personagem Scher Marie. O ex-corretor de seguros conta que há seis anos recebeu uma proposta para “fazer uma brincadeira”. “ Nunca imaginei esta dando esta entrevista. Achava maluquice isso de se vestir de mulher, perder noite”, lembra. Mas, como ele mesmo faz questão de salientar, “de uma brincadeira virou uma profissão”.

- Além das apresentações nas casas noturnas de Salvador, Scher Marie, como grande parte das transformistas em atividade, faz telegramas animados,nome dado às participações em aniversários e eventos particulares. No entanto, a instabilidade econômica é motivo de queixa: “ Se já é complicado pra quem tem carteira assinada e sabe quanto vai receber todo mês, imagina pra quem é autônomo”, explica.

- A carência de espaços abertos ao transformismo em Salvador e o valor dos cachês pode tirar Scher Marie dos palcos: “Pretendo terminar de pagar minhas contas e partir para outro negócio, fazer show por hobby, não como meio de sustento”, projeta.